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Investigação de Paternidade Após o Falecimento do Suposto Pai: É Possível?

Atualizado: 26 de jul.


A investigação de paternidade é um tema que levanta muitas dúvidas e preocupa muitas pessoas, especialmente quando o suposto pai já é falecido. A legislação brasileira, no entanto, permite a investigação de paternidade mesmo após a morte do suposto pai. Neste artigo, explicaremos como funciona esse processo, as bases jurídicas que o sustentam e as principais considerações a serem levadas em conta.

Fundamentação Jurídica

A possibilidade de investigação de paternidade post mortem está amparada na Constituição Federal e no Código Civil Brasileiro. De acordo com o artigo 227 da Constituição, é assegurado o direito à convivência familiar e ao reconhecimento de filiação, e esse direito não se extingue com o falecimento do suposto pai. Além disso, o artigo 1.606 do Código Civil prevê que a ação de investigação de paternidade pode ser proposta a qualquer tempo, independentemente de o pai estar vivo ou não.

Procedimento da Investigação de Paternidade Post Mortem
  1. Ação de Investigação de Paternidade: O primeiro passo é a proposição de uma ação de investigação de paternidade. Essa ação pode ser movida pelo próprio interessado (o suposto filho), pela mãe ou, em alguns casos, pelo Ministério Público.

  2. Provas Documentais: Documentos que possam indicar a relação entre o suposto pai e o filho, como correspondências, fotografias, testemunhos de pessoas que conviveram com ambos, entre outros, são importantes para a construção do caso.

  3. Exame de DNA: A prova mais robusta é, sem dúvida, o exame de DNA. No caso do falecimento do suposto pai, é possível obter o material genético através de amostras biológicas que tenham sido armazenadas (em hospitais, laboratórios, etc.) ou, em casos mais extremos, exumar o corpo. Além disso, parentes consanguíneos (irmãos, pais, etc.) podem fornecer material genético para o exame.

  4. Decisão Judicial: Com base nas provas apresentadas, o juiz analisará o caso e proferirá a sentença, reconhecendo ou não a paternidade.

Considerações Importantes
  • Direitos do Filho: O reconhecimento de paternidade garante ao filho todos os direitos inerentes à filiação, como herança, inclusão no registro civil, entre outros.

  • Respeito à Dignidade Humana: É fundamental que o processo seja conduzido com respeito à dignidade de todas as partes envolvidas. O direito à identidade genética é um aspecto relevante da personalidade e deve ser protegido.

  • Impacto Emocional: Esse tipo de ação pode ter um grande impacto emocional nas famílias envolvidas. É aconselhável buscar apoio psicológico durante o processo.

A investigação de paternidade após o falecimento do suposto pai é não apenas possível, mas também um direito assegurado pela legislação brasileira. O processo, embora delicado, busca garantir a justiça e o reconhecimento da filiação, proporcionando ao filho os direitos que lhe são devidos.

Se você se encontra em uma situação semelhante e precisa de orientação jurídica, a equipe da Lambert Advogados está à disposição para auxiliar com profissionalismo e sensibilidade.

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